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Como fazer boas fotografias
Ou
“Tudo que você realmente precisava
para aprender sobre fotografia, mas que os livros não ensinam”
Also in English, French, German, Russian and Korean © 2007 Ken Rockwell.com All rights reserved. NEW: Radio Interview and Podcast Veja
também:
Introdução
“Fotografia
é poder de observação, não de aplicação da tecnologia.” Ken Rockwell.
Como foi que
fiz todas as minhas melhores fotos? Notando alguma coisa legal e tirando uma
foto. O mais importante é notar a coisa legal. Tirar a foto é fácil.
Sua câmera não
tem NADA a ver com fazer boas fotos. Você tem que dominar a técnica, claro, mas
isto é só uma tarefa a cumprir antes de se ver livre para fazer o mais
difícil. O mais difícil, no caso, é dizer algo com suas imagens.
Fotografia é
arte. É abstrata. Então, é difícil de entender para muitas pessoas. É fácil e
simples pensar que é a câmera que faz fotos. É fácil botar a culpa de fotos
ruins na câmera. Quando você evolui, você percebe que teria sido melhor prestar
mais atenção na imagem e menos na câmera.
Todas as
câmeras, especialmente as digitais, oferecem quase a mesma qualidade em uso
real. A diferença verdadeira está na facilidade ou possibilidade de fazer-se os ajustes necessários para obter fotos decentes em
cada condição no mundo real. Gráficos de teste fotografados em condições
controladas ignoram completamente o mundo real e, portanto, só comparam
desempenhos para um aspecto limitado, sob uma única combinação de condições.
Por isso, estes testes não têm nada a ver com a aparência das suas fotos. É por
isto que ignoro relatórios de testes de laboratório e tento por conta própria.
Trabalho de laboratório é útil para qualificar minúcias, invisíveis entre
câmeras similares no mundo real. Só.
Fotografia é
como golfe. Ambos são divertidos, populares e requerem algum equipamento. Muito
poucas pessoas conseguem ser pagas para viver de qualquer um dos dois. Cada um
deles toma uma vida de prática constante e melhora progressiva. A maioria dos
jogadores de golfe joga décadas sem nunca conseguir acertar um buraco de
primeira. Fotografia é mais complexa que golfe. Por que esperar sempre fazer a
foto perfeita?
Paciência
Você não pode
ter horário. Você tem que ir, procurar, esperar pela
luz e inspiração.
Muitas boas
fotos são conseguidas somente depois de anos de observação de um tema,
aprendendo quando ele aparece melhor, e voltando para fotografar em seu
esplendor. É assim que fotógrafos de verdade fazem qualquer coisa parecer extraordinária.
Se você estiver
viajando com pessoas que não fotografam, terá que fazer uma agenda apropriada,
uma vez que você vai fotografar, enquanto as pessoas normais estarão jantando
ou ainda dormindo de manhã.
Pessoalmente,
acho mais complicado se há alguém esperando por mim para qualquer compromisso.
Você estará lá fora, a mercê da natureza, de suas loucas,
brilhantes idéias e realizações. Algumas vezes, você pode voltar em 10
minutos, e em outras, você pode ficar fora a noite toda, se você se empolgar em
alguma coisa.
Você se
restringe se houver alguém lhe esperando em certo horário. Fiz meus melhores
trabalhos quando deixei o grupo seguir adiante e continuei trabalhando em algo
que me empolgava.
Brilhantismo
não segue horário.
Mantenha
os olhos abertos
Você vê mais
que o que você olha. Quanto mais você olha, mais vê o que vale a pena
fotografar. Se você não estiver pensando, vai passar direto pelas oportunidades
mais extraordinárias.
Por exemplo:
morei na Beverly Hills de
verdade, entre 1995 e 1998. Morava na Maple Drive, a mesma rua de George Burns. Nunca vi nenhuma estrela de cinema. Poderia até ver
que elas moravam em Beverly Hills quando lia um obituário e dizer “e essa
agora!”, mas nunca vi ao vivo, mesmo que morassem a um quarteirão de
distância. Mesmo que eu estivesse nos estúdios o dia todo, todo dia, eu mal as
notaria. Por quê? Eu não estava interessado, não estava procurando por elas. Se
eu fosse um turista ou uma dona-de-casa leitora da Caras,
e achasse atores interessantes, tenho certeza de que teria visto astros algumas
vezes todos os dias. Quando eu recebia convidados,
eles viram atores em todos os lugares ao redor.
Os atores
estavam todos lá, mas eu nunca os vi. Outros viram. Se você se interessa por
alguma coisa, você a vê. Se não, não. As melhores fotos não são óbvias. Grandes
oportunidades de fotografar não aparecem quando você não está procurando. É por
isso que são oportunidades: você tem que estar prestando atenção para
reconhecê-las.
Oportunidades
de fotos estão em todos os lugares. Preste atenção, mantenha os olhos abertos e procure por elas.
Privacidade
Criação é uma
arte solitária. Não sei criar fotos se ficarem me distraindo, observando ou
perguntando coisas. Eu tenho que sair sozinho e me concentrar.
Pode ser bom
sair e fotografar com um grupo. Você pode se separar e fotografar sozinho assim
que chegar lá. De outra forma, todo mundo do grupo vai aparecer depois com as
mesmas fotos. Medíocre. Separe-se um pouco, veja o que consegue ver, depois
encontre seu pessoal de novo para alguma socialização.
Paixão
Fotografia é
comunicar paixão e efervescente excitação à mente e corpo de outra pessoa. Se
você não se interessa pelo tema, os resultados não ficarão além do básico.
Interesse-se profundamente e coisas incríveis acontecem. Não se interesse e
seja rapidamente esquecido.
“Se
sinto alguma coisa forte, eu a fotografo. Não tento explicar o
sentimento.” Ansel Adams.
Fotografia é a
arte de comunicar paixão. Você precisa ser passional sobre o que quer que você
fotografe. Se for passional, terá bons resultados. Se não for apaixonado, não.
Uma fotografia
não é pura técnica. É comunicar alguma coisa, seja uma idéia, conceito,
sentimento, pensamento ou o que quer que seja, a um
estranho qualquer. Para uma fotografia ser efetiva, você precisa ser claro no
que está comunicando. Ansel Adams disse “Não há
nada pior que uma foto nítida de uma idéia embaçada.” É fundamental na
imagem que sua idéia, sentimento ou pensamento seja clara como cristal. Simplesmente apontar uma câmera cara e magistralmente ajustada
para alguma coisa e apertar o botão não faz uma boa foto. Saber o que você quer
dizer e dizê-lo alto e claro é o que faz uma imagem forte que pessoas
lembrarão. Se não diz nada a você, dirá ainda menos aos outros.
“A prova do pudim está em comê-lo.” Cervantes, Don
Quixote, 1605. Cervantes estava observando que é o resultado, não o
processo, que interessa.
Da mesma
maneira, ferramental não tem nada a ver com fazer nada disso. A máquina é só
uma maneira de libertar sua habilidade para comunicar, não a comunicação em si.
Muitos homens culpam o equipamento por suas inadequações e pensam que
simplesmente comprar mais resolverá o problema, eximindo-os de ter que gastar
qualquer esforço mental no que quer que seja além de comprar. Você choraria de
rir vendo algumas mensagens que recebo desta página: 99% é de homens (são sempre homens) que pensam que tudo o que têm que fazer é gastar
mais e as boas imagens vão jorrar. Você precisa se envolver seriamente e levar
a sério seus sentimentos. Você não precisa de dinheiro ou de mais equipamento
além do que você já tem. Eu uso câmeras simples e consigo boas imagens também, caramba!
Outra coisa:
você precisa gastar algum tempo, e isso é sempre. Normalmente você não consegue
parar cinco minutos e fazer um trabalho decente. É estranho quando estou em
algum lugar popular e vejo dúzias de turistas saírem, baterem uma foto e sumir
enquanto ainda estou tentando me concentrar, sentir e entender o disparo que
irei fazer. Estas coisas não se apressam!
Está tudo em
sua mente e imaginação.
Não se pode
ficar fazendo sempre a mesma coisa. Precisa-se inovar constantemente, e
encontrar novas formas de fazer o que você tem feito. Ver e sentir coisas de
diferentes ângulos e maneiras.
Nem por último
nem menos importante, você precisa conhecer bem o assunto. Quanto melhor
conhecer o tema, melhores resultados você obterá.
O escultor
Henry Moore disse bem: “Arte é a expressão da
imaginação, não a reprodução da realidade”.
O fotógrafo
Elliot Porter disse: “A verdadeira arte não é
nada além da expressão de nosso amor pela natureza” e “Um trabalho
verdadeiro de arte é criação do amor pelo tema em primeiro, e pelo meio
depois.”
Charles Sheeler disse: “Fotografia é a natureza vista dos
olhos para fora, pintada dos olhos para dentro. Fotografia retrata imagens
inalteradas, enquanto pintura retrata uma pluralidade de imagens dirigidas pelo
artista”.
Até Albert
Einstein entrou: “Imaginação é mais importante que conhecimento”.
Um bom
fotógrafo faz boas imagens até com uma descartável, porque conhece os limites
da câmera e como usá-la. Por outro lado, equipamento caro cria vários maus fotógrafos, pois lhes falta paixão e visão,
independente de quanta habilidade técnica eles tenham e quão nítidas sejam suas
lentes.
Pessoas
escrevem novelas, não máquinas de escrever. Então, por que as pessoas pensam
que comprar uma câmera diferente ou aprender tudo o que há sobre velocidades de
obturador fará com que suas fotos melhorem? Pessoas fazem fotos, não câmeras.
Sua escolha de câmera não tem NADA a ver com coisa alguma. NADA.
“Fotografia
é trazer ordem ao caos”. Ansel Adams.
Pintura é uma
arte de inclusão. Fotografia é uma arte de exclusão. Tentar capturar tudo
garante uma foto pobre. Tudo o que não contribui para uma foto distrai dela.
Faça suas imagens claras e simples.
Menos é mais;
quanto menos no enquadramento, mais forte a imagem. Simplicidade é uma forte
virtude.
Agora, vou
passar algumas seções explicando coisas que não são importantes. Se você
já entendeu isto, pode pular para as seções importantes, começando por
“Curiosidade”.
Intimidade
É essencial
estar familiarizado com cada nuance de seu equipamento. Você precisa saber
exatamente como ele responde a cada situação. Você precisa aprender a antever o
resultado final quando olhar para uma cena ao natural. Você precisa saber
exatamente como seu equipamento interpreta a realidade.
Quando você
sabe isto, você pode garantir que cada foto que você tirar vai parecer como
você queria que parecesse. Então, você vai saber o que fazer com a cena para
gerar imagens de acordo.
Você não pode
usar cinco câmeras e conhecer bem todas. Use uma câmera, uma lente e um filme e
aprenda cada nuance deles. Não perca tempo caçando todas as novas câmeras:
fazendo-o, você nunca aprenderá o suficiente para fazer boas imagens, exceto
por sorte.
1) Começando
Não compre
nada ainda. Você pode fazer imagens magníficas com QUALQUER câmera. Muitas
pessoas pensam que comprar a câmera é a primeira coisa a se fazer na busca por
boas imagens. Alguns de nós têm câmeras bacanas porque
somos ricos e estas câmeras tornam o ato de fotografar mais conveniente. Porém,
elas não têm nada a ver com a qualidade final das imagens.
Qualquer coisa
que você tenha é o que você precisa, mesmo que seja uma câmera de apontar e
disparar ou descartável. Pensar em mais coisas que você precisa faz com que
você pule coisas que acontecem hoje, uma vez que você está preocupado com
“Ah, seu tivesse uma...”.
“Necessidade
não é um fato, é uma interpretação.” Friederich Nietzsche.
Vá aprender
arte: pintura, desenho, design em qualquer curso. Aprenda a ver. Você pode
querer começar pelos livros que sugiro sobre arte e
composição. Eu mesmo nunca tive aulas de fotografia. Todo mundo aprende de
maneira diferente. Eu aprendo lendo, fazendo e vendo.
A maioria dos
fotógrafos que admiro foram pintores, ou pelo menos estudaram arte a sério. Não
foram pessoas com computador, que estudaram Engenharia ou qualquer Ciência
Exata.
Peça ajuda de
artistas quando estiver começando. Pergunte a eles como ver, mostre suas
imagens a eles e peça sugestões. Eles verão coisas que você não viu ainda, e
ajudarão a abrir seus olhos para fazer melhores fotos.
Evite aquele
amigo, vizinho ou colega de trabalho que trabalha com computadores, ciência ou
engenharia e sempre fala de câmeras. A paixão destas pessoas é pela câmera ou
computador em si, não pela fotografia, arte ou por expressar visualmente
sua imaginação. Cuidado com pessoas que preferem falar de fotos ao invés de
realmente fazer fotos. Há milhares de pessoas que vêem futebol na TV e podem
falar sem parar sobre estatísticas esportivas de todos os jogadores. Você tem
que falar com o cara que realmente cria a estatística.
Esqueça a
internet também. Pra começar, você precisará de muito mais profundidade do que
encontrará na internet ou até mesmo na minha página. Eu adoraria ajudar você
pessoalmente, uma vez que é mais complicado que passar por e-mail. Aprendizado
é um caminho de mão dupla, não uma série de e-mails em mão-única ou leitura na
rede.
Além disso,
esteja avisado: a internet está lotada de pessoal técnico que a inventou. Estas
são as últimas pessoas com as quais você deveria querer aprender, uma vez que
eles normalmente têm fetiches por equipamentos, não por arte. Acontece que são
estes que passam mais tempo criando páginas sobre fotografia e entrando em
bate-papos. Cuidado.
Fale com
fotógrafos profissionais, não amadores ou hobbystas.
Se você não conhece nenhum profissional, vá às Páginas Amarelas ou pergunte sobre
um laboratório profissional. Alguns fotógrafos profissionais gostam de verdade
do seu trabalho e vão falar por horas se você pedir com jeito.
Encontre
pessoas cujas fotos você admira. Pergunte a eles. Ache pessoas que façam outras
artes que você admira e pergunte a eles, também. Falar com engenheiros fará
você ficar tão frustrado com sua câmera que nunca mais sairá para tirar boas
fotos.
Tente The Nikon School,
que é uma apresentação de slides que custava 100 dólares quando assisti, em
2001. Ele cobre mais na primeira hora que a maioria dos cursos ensina em um
semestre. Preste bastante atenção!
Você sabe o
melhor curso a fazer? Esqueça as escolas conceituadas. Apenas procure um
cursinho ou programa para adultos. Lá você encontrará professores que realmente
curtem o que fazem e partilharão um mundo com você, se você pedir. Melhor
ainda, estes cursos nunca custam mais de $100, se não de graça, dependendo do
local.
Não perca
tempo estudando “fotografia”. A maioria das aulas de
“foto” simplesmente desperdiça sua criatividade embromando
conceitos obsoletos, como pontos e velocidades de filme. Raramente ensinam como
criar as imagens que você realmente quer. É importante estar fluente nos
conceitos técnicos, mas isto é só o começo. Muitas pessoas passam tanto tempo
cavoucando a técnica que acabam esquecendo que ela nada mais é que um pequeno
passo na longa jornada para criar boas imagens.
Eu ensino
fotografia diferente do pessoal velha-escola. Nos primeiros 150 anos, de 1835
até por volta de 1985, com a introdução da primeira matriz de exposição de
verdade (em contraposição aos fotômetros ordinários), era necessário enfiar-se
em um monte de detalhes técnicos inconvenientes antes de se produzir qualquer
imagem. Uma vez que faz mais de dez anos que as câmeras aprenderam a se ajustar
sozinhas em uma variedade de condições, ainda há um monte de gente da antiga
que ainda não aprendeu que para algumas pessoas pode se ignorar completamente
ajustes da câmera. É isso aí, eu normalmente fotografo com auto-foco e auto exposição programada sempre que
posso!
É triste
quando me pedem para sugerir uma câmera que se encaixe nos requerimentos
patéticos de cursos para fotógrafos iniciantes, que normalmente pedem uma
câmera manual totalmente obsoleta. Por Deus, fuja destes cursos e aprenda a
amar sua câmera de apontar e disparar. Automação é boa: a câmera não está
pensando por você, só está ajustando os rudimentos de foco e exposição que
raramente precisam de pensamento criativo. Câmeras automáticas livram a polpa
criativa do fotógrafo para se concentrar no que é importante: calor, paixão,
composição, expressão e luz.
Sugiro você
sair e tentar expressar seus sentimentos cuidadosamente e ver o que consegue.
Uma vez que você se familiarize com o que está fazendo, procure conselhos
técnicos de quem realmente conhece. É mais importante que qualquer outra coisa
encontrar coisas pelas quais você se apaixona e tentar transmitir seu
entusiasmo através de imagens.
2) Esqueça a técnica quando começar
“Eu não
sou um cientista. Considero-me um artista que emprega certas técnicas para
liberar minha visão.” Ansel Adams em sua autobiografia, página 254.
Concentrar-se
em exposição manual e técnica distraem você da paixão, como se sua (seu) namorada(o) parasse para atender o telefone no meio do
bem-bom.
Algumas
pessoas ainda pensam erradamente que dominar problemas simples como velocidades
de obturador e profundidade de campo são tudo o que há para se saber sobre
fotografia. Isto tem muito pouco a ver com fotografia, como mexer com máquinas
de escrever tem muito pouco a ver com escrever romances. São males
necessários, e de maneira alguma o ponto central.
Para grandes
formatos como 120 e 4x5, você provavelmente precisará aprender a técnica,
porque estas câmeras não foram feitas em quantidade suficiente para justificar
o esforço de automatizá-las. Mas, para 35 mm ou digital, quase todas as câmeras
fazem isto melhor que a maioria das pessoas que insistem que você deve ajustar
a câmera manualmente. Não cavouque a técnica, a não ser que você precise. A
maioria das minhas fotos foi tirada em modo de programa automático. Diga
isso ao seu professor.
Cuidado,
conheço pessoas que gostam de verdade de futucar os
ajustes de suas câmeras. Tudo bem, mas não deixe isto levar você a se preocupar
demais com isso. Comece com uma câmera automática para primeiro aprender os
passos necessários para se expressar. Você pode aprender
paradas depois.
Pessoal da
antiga gosta de se fazer de importante fazendo você pensar que precisa deles
para lhe ensinar como dedilhar sua câmera. Eles tentarão fazer com que você
acredite que toda essa bobagem é necessária para fazer fotografias. Eles
insistirão para que você perca tempo com exposição manual, e se você for bobo o
suficiente para acreditar, breve você estará perdendo tempo se preocupando com
qual lente é mais precisa, ao invés de ter seu show solo no Whitney.
Há 150 anos de tecnologia fotográfica programados em sua
câmera. Use-os!
Minha sugestão
é começar com uma SLR 35mm ajustada para medições em
matriz, auto-programada e auto-foco.
Suas imagens ficarão melhores que as de pessoas sem paixão que perdem tempo com
métodos manuais, porque a maioria das câmeras tem dentro delas programas
melhores que os da maioria dos fotógrafos! Sua SLR moderna provavelmente usa o
sistema de zonas para ajustar a exposição, o qual muito poucos fotógrafos
entendem.
Gostou do que
viu neste site? A maioria das minhas fotos foi feita nestes modos programados,
a não ser que as condições tenham ditado outra coisa. Eu antes usava os ajustes
manuais e minhas fotos eram chatas, porque eu perdia os momentos mágicos.
Vou explicar o
que você realmente precisa saber sobre o lado técnico lá no final da página.
Você precisa
se preocupar em ver, sentir, composição e iluminação, NÃO com paradas quando
começar.
Sim, é preciso
habilidade técnica, virtuosismo até, para fotografia de sucesso. Ainda assim,
esta habilidade nada mais é que um pré-requisito obrigatório para quem quer
fazer boas fotos. Por sorte, muita desta fluência está hoje incorporada nas
câmeras automáticas, tornando o domínio muito mais fácil. Domínio técnico
sozinho não faz boas fotos, é somente uma das partes necessárias.
3) Sua câmera não importa
Honestamente.
Se você acredita em mim, pule para a próxima seção. Se não, leia esta página obrigatória.
Se você
insiste em sair hoje e comprar uma câmera, veja aqui minha página para
35 mm baratas e aqui para digitais.
4) Curiosidade
Fotografe
temas pelos quais você tem verdadeira curiosidade. Você tem que achá-los
interessantes se você quer que outras pessoas vejam seu trabalho e achem interessante também.
5) Siga seu próprio nariz
Não siga
gurus, professores, a mim ou quem quer que seja.
Você nunca
será melhor que outra pessoa sendo ela. Ninguém é melhor que Ansel no que Ansel fazia e, da
mesma maneira, ninguém fará o que você faz melhor que você.
Seja você
mesmo. Mostre suas paixões. Não tente duplicar as de outrem.
Saia, seja você mesmo, e seu estilo próprio desenvolver-se-á.
Nunca, nunca mesmo pense que, porque você gosta de alguma coisa feita por
alguém, você tem que fazer o mesmo.
Ache algo pelo
qual você tenha paixão e explore-o. Se você se sente bem vendo figurinos ou
lixeiras ou pessoas idosas ou belas garotas nuas ou calotas ou trilhas deixadas
por veículos na neve ou plantas de tratamento de esgoto ou bichinhos
bonitinhos, vá e fotografe.
Não existe
isso de certo e errado na fotografia. Apenas nos mostre o que te excita.
Se nada te
excita, suas fotos serão chatas. Ache o que você gosta e dane-se o resto todo.
6) Veja, não olhe apenas.
7) Provoque seus sentimentos. Pergunte-se como você descreveria o que
está vendo à uma pessoa cega.
8) Não há regras.
Não há certo e
não há errado. A regra dos outros não é uma regra e regras são para idiotas.
Apenas vá fazer boas fotos. Uma boa foto é a que você ou alguém mais gosta. Não
há fórmulas ou notas ou placar.
9) Não pergunte porque algo está aqui, mas como fazer com que isto tenha
significado.
10) Criatividade
Criatividade é
ótima, mas só porque alguma coisa é criativa, não necessariamente é arte.
Quando um bebê bota a mão na fralda e pinta as paredes com o que encontra lá, é
um ato extremamente criativo, mas não é arte.
Tecnicismos
Agora que você
chegou até aqui, deixe-me dar algumas dicas.
1) Luz
Iluminação é
com certeza o detalhe técnico mais importante que há. Aprenda também composição
e praticamente tudo o que você tem para se preocupar estará praticamente
resolvido.
Antes de mais nada, você precisa desenvolver a sensibilidade
para a maneira que a luz se apresenta quando você está ao ar livre, e aprender
pela experiência como a luz aparecerá no filme. Conforme você desenvolver esta
sensibilidade, você será capaz de entender quando a luz parecerá correta para
capturar a imagem da maneira que você quer, e quando deixar a câmera de lado e ir almoçar. Com esta habilidade, você também aprenderá a
modificar a luz com simples refletores e difusores para ajudar a criar a imagem
que você quer.
Quanto menor o
tema, mais fácil é modificar a luz. Fotógrafos de retratos, insetos e flores
fazem isto todo o tempo; fotógrafos de paisagens normalmente têm que esperar
pela luz certa.
Uma simples
folha de papel ofício pode refletir luz do sol suficiente para preencher as
sombras em um rosto.
Para ter a luz
certa em uma montanha, você pode precisar esperar pela estação certa, o clima
certo e a hora certa do dia. Era assim que Ansel Adams criava trabalhos magníficos: ele viva em Yosemite e só mostrava seus trabalhos de quando a luz estava fantástica. Se você estiver
de férias e sair disparando por aí sem se importar com a luz, será improvável
obter qualquer coisa extraordinária.
Todos têm
diferentes gostos. Isto é arte.
Você ou tem
que criar sua própria luz em estúdio (ou com dez toneladas de equipamentos e
geradores, como fazemos em sets de filmagens), ou precisa ter a paciência de
esperar a natureza fornecer a luz certa.
2) Paciência
Como já
explicado, é necessário ser paciente para ter a luz certa quando fotografa-se paisagens. Uma vez que não se pode iluminar
tudo lá fora, você somente pode esperar pela luz correta.
Isso é muito
importante!
Você pode ter
que esperar horas ou dias ou meses ou anos para ter a luz certa. Não pode haver
alguém esperando por você. Se você se apressar, perderá a luz boa.
3) Experiência
Com prática,
você vai aprender o que fica bom nas fotografias.
Nenhuma foto é
uma reprodução exata. Todas as fotografias distorcem a realidade. À medida que
você se torna familiar com como seu equipamento interpreta a realidade, você
aprenderá a reconhecer quais condições darão os resultados que você quer.
Sabendo isto, você começará a fotografar mais nas condições certas, e também a
procurar tais condições.
Você aprenderá
como as coisas deverão parecer ao seu olho para chegar ao resultado que você
quer na fotografia.
Uma dica é que
o contraste precisa ser bem pouco para seu olho para ficar bom na foto.
Fotografias pegam bem o contraste.
4) Prática
Você precisa
fotografar com freqüência suficiente para ver os resultados enquanto você ainda
lembra como a cena parecia quando você estava lá. Polaróides são práticas para isso: você pode ver o resultado quando ainda estiver lá!
Idealmente,
você deveria revelar seu filme e ver o resultado no dia seguinte, enquanto sua
lembrança ainda estiver fresca. Se você esperar por meses, nunca será capaz de correlacionar seus resultados com o que você
estava sentindo quando criou a imagem.
Você precisa
saber que resultados você terá quando você fotografar algo.
something. 5) Edição
Mostre somente
suas imagens mais fortes.
Jogue fora a
maior parte de suas fotos. Eu jogo. A maioria das minhas fotos é horrível!
Veja as poucas
fotos melhores de um rolo, e então jogue fora todas
menos a mais forte.
Da próxima
vez, pegue as poucas que você guardou de uns poucos rolos e jogue fora mais.
Isto não é
pintura. Em fotografia, é requisito jogar fora a maior parte do que você faz.
Você verá que,
guardando somente suas imagens mais fortes, o escopo de seu trabalho parecerá
melhorar. Adivinhe: conforme você mostra somente as melhores imagens, seu
trabalho visto por outros já melhorou!
Você acha que
eu fotografo um rolo de filme e ganho um rolo carregado com as imagens que você
encontra em minhas galerias? Claro que não. A maior parte do que fotografo é
porcaria. Eu simplesmente sou bom o suficiente em jogar a maior parte fora e
mostrar só as coisas boas.
Ansel Adams disse que você está indo muito bem se você
consegue fazer uma imagem forte por ano. Não espere encontrar milagres em todos
os rolos, ou todo mês. Ansel não encontrava, eu não
encontro, e penso que ninguém o faz.
6) Filme
Escrevi uma
página inteira aqui. Sua escolha de filme é
muito importante para a aparência de suas fotos.
Evite filme
comum, que é o que 95% dos fotógrafos amadores usam e dão resultados
inconsistentes. Eu uso slides, que são o que você vê neste site.
Vá ler a
página sobre filmes para muito mais sobre este assunto.
7) Compensação de Exposição – Seu controle de claro/escuro
Esqueça isto
se você estiver usando filme comum, uma vez que, independente de suas
tentativas para corrigir a exposição, normalmente a exposição é estragada no
laboratório fotográfico, quando seus negativos são revelados em cópias que você
vê. É por isto que recomendo fortemente digital ou filme de slide em minha página
sobre filmes.
Se você usa
digital, slides ou revela suas próprias fotos, então preste atenção.
Fotografe o
suficiente para aprender sob quais condições suas imagens aparecem claras ou
escuras demais. Se você encontra coisas que sempre saem muito claras ou escuras
(ou se a foto que você acabou de fazer na sua digital saiu clara demais ou
escura demais), então há um tanto a se compensar.
Não se acanhe.
Não há câmera perfeita e quase sempre se precisa ajustar a compensação para
alguns disparos. Levei um longo tempo para aprender isto; eu pensava que minha
câmera era sempre mais esperta que eu. Normalmente ela é, mas não sempre. É
nestas horas que você precisa ajustar a compensação de exposição.
Não há regras,
só recomendações. Faça o que precisar para parecer bom para você.
Idealmente,
você deveria aprender o Sistema de Zonas, e então
conseguiria exposição perfeita sempre sem tentativa e erro. Conhecer o sistema
de zonas fará com que a compensação de exposição se torne muito mais
compreensível.
Aqui está o
que faz cada ajuste. Não é um substituto para o Sistema de Zonas:
0: Se suas fotos
parecem boas, compensação não é necessária.
+1 Ponto: Este é um bom começo para coisas que normalmente
saem muito escuras, como elementos claros em um dia nublado. +1 ponto vai
clarear um cinza médio para um cinza médio-claro. Este é um ajuste comum que uso frequentemente
em câmeras antigas que não têm matriz ou ponderador moderno. Use este ajuste se
o tema for em sua maior parte granito ou concreto, por
exemplo. Um tema completamente amarelo que encha sua tela pode precisar de
+2/3.
+2 pontos: Isto é uma correção severa para algo que sairia muito
escuro. Se algo é de um cinza médio e você aplicou +2
pontos, você obterá branco. Em câmeras antigas com fotômetros manuais,
aplicando este ajuste você fará areia ou neve parecerem brancas.
-1 ponto: Eu normalmente não uso. Isto pegará um cinza médio e fará cinza-escuro.
-2 pontos: Nuca usei, exceto em uma câmera
quebrada. Isto pegará um cinza médio e tornará cinza
bem escuro, quase preto. Você só usaria este ajuste com um fotômetro central
para ajustar as sombras como parte do Sistema de Zonas, não como um ajuste de
exposição comum.
8) Tudo sobre o uso do Flash
Quando
Usar Flash
A maioria dos
amadores e fotógrafos de fim-de-semana usam flash
exatamente da maneira errada, garantindo aparência amadora às imagens. Uso
correto do flash é bem mais importante que o tipo de câmera que você tem.
Qualquer câmera simples usada da maneira certa vai dar resultados muito melhores que qualquer Leica, Canon ou Nikon usada da maneira que a maioria dos amadores
usa.
Muita gente
deixa o flash desligado à luz do dia, o que causa aparência de luz solar forte
e áspera no rosto de seus amigos. Em câmeras simples, basta apertar o botão de
flash até que o ícone de flash simples apareça. Ligando o flash junto com o
brilho do sol ajudará a clarear as sombras e fazer com que elas pareçam mais
naturais. Também em fotos iluminadas por trás você poderá ver seus amigos, ao
invés de apenas silhuetas.
Modos
de Sincronia
A Maioria das
pessoas usa incorretamente o flash dentro de casa ou com pouca luz à noite.
Usando flash com modo padrão de sincronia causa fundos escuros e ruins, e
pessoas desbotadas. O que é pior: estas sombras ruins confundem as máquinas de
impressão, fazendo com que elas imprimam claro demais. Então, estes pobres
fotógrafos culpam a câmera por terem sobre-exposto suas fotos com flash!
Se você está
trabalhando com luz estroboscópica ou foto macro
iluminada só pelo flash, claro que pode usar sincronia rápida. Mas não é assim
que as pessoas comuns fazem.
Com câmeras
descartáveis, esta é sua única escolha. Com a maioria das câmeras e todas as Nikon, você pode ou
desligar o flash e usar a luz disponível, se o tema estiver razoavelmente
parado, ou fotografar pessoas ou objetos em movimento usando flash nos modos
SLOW REAR (Lento para trás) ou SLOW (Lento).
Estes modos
lentos existem também em muitas câmeras simples. Em uma câmera destas,
normalmente aperta-se o botão de flash até que apareça um ícone com uma lua ou
uma cidade (“Modo Noturno” nas japonesas).
O modo lento
permite à câmera fazer uma exposição longa o suficiente para que a luz de fundo
(ambiente) pareça natural. De outra maneira, o fundo ficaria muito escuro, com
sincronia de 1/60 que usam por aí. Fotógrafos não muito inteligentes usam a
velocidade de 1/250 para fotografia em lugares fechados, e fazem o efeito ficar
ainda pior. Melhor mesmo é tentar a velocidade mais lenta que você consegue.
1/30, por exemplo, se você consegue ajustar a exposição manualmente.
Tanto SLOW
quanto SLOW REAR dão a mesma exposição e pontos. SLOW dispara o flash no início
da exposição, e SLOW REAR dispara ao final.
Isto faz
diferença se você faz uma exposição longa o suficiente para deixar rastro de
movimento na foto. Se é o que você está fazendo, o
efeito do flash disparado ao início da exposição faz com que o objeto
fotografado pareça estar se movendo ao contrário da imagem congelada pelo
flash. Você vê o fantasma e a mancha movendo-se à frente dele. Mau. SLOW REAR
inverte este efeito e dá a ilusão de a mancha mover-se em direção ao fantasma.
Isto porque você vê o movimento, e o flash dispara ao final (frente) da mancha.
Faria mais sentido chamá-lo de “FRONT SYNC” (sincronia frontal),
mas isso é outra história.
Já que SLOW
REAR dispara o flash ao final da longa exposição, ele serve à outro propósito: as pessoas pensam que a foto é tirada quando o flash dispara,
então tendo o flash disparado ao final (para trás) da exposição mantém todos
sorrindo e parados o tempo em que o obturador fica aberto. Este truque não dá
muito certo com câmeras digitais e as SLRs mais
novas, uma vez que a maioria dispara pré-flashes bastante visíveis antes da
exposição (as fábricas de câmeras mentem sobre a invisibilidade deles). Assim
você sofrerá um efeito de flash duplo.
Se você está
tentando congelar o movimento, você não vai usar sincronia lenta. Você vai
obter aqueles rastros de movimento atrás das pessoas que se vêem o tempo todo
na National Geographic.
Estes rastros provocam uma sensação de movimento, que eu gosto.
Difusão
de Flash
Flash direto
da câmera é o pior efeito de luz que você pode obter. Para enchimento de
sombras, normalmente ele serve bem. Ainda assim, você chegará a resultados
melhores usando um difusor barato, caso o tema esteja perto o suficiente. Mesmo
alguns profissionais não percebem isso, e você pode ver frequentemente
fotógrafos famosos sugerindo baixar o flash de enchimento em um ponto ou dois.
Eles usam isto porque a luz áspera do flash da câmera pode parecer pouco
natural. Se você difundir o flash (como colocando um cartão branco na frente),
pode deixar a câmera usar a potência normal de flash; o resultado ficará mais
natural por causa da difusão e será mais efetivo, porque estará no nível
correto e não diminuído em um ponto ou dois.
Eu gosto de um
negócio refletor de $20, da marca Lumiquest, que se
dobra para caber em qualquer lugar, e se prende com velcro.
Note que a área do refletor deve ser maior que a da lente do flash, para que
haja uma suavização melhor da luz.
Flash
de enchimento em lugares fechados
Aqui está como
conseguir enchimento natural com a maioria das câmeras SLR:
a) Ajuste a
câmera para sincronia lenta.
b) Aponte o
flash da câmera para o teto.
Coloque um
cartãozinho branco na frente do flash de forma que um pouco da luz reflita no
cartão e dê um bom reflexo nos olhos das pessoas, enquanto a maior parte da luz
vá para o teto, enchendo o ambiente com uma luz cheia, suave e natural. (Dica:
se a luz ambiente for muito fraca para dar uma exposição razoavelmente curta,
use a sicronia normal ao invés de lenta. Neste caso,
toda a cena será fotografada somente com a luz do flash refletida no teto mais
o pouqinho que não reflete no cartão. Neste caso, não
se preocupe com os filtros de compensação de cor mencionados no (e) abaixo.)
d) Ajuste o
flash para modo de exposição TTL. Isto vai variar com a marca da câmera. Você
vai querer usar o modo que combina os níveis de luz ambiente e do flash automaticamente.
e) Use filtro
ou gel para combinar a cor da luz ambiente com a cor do flash, e use um filtro
em sua câmera para combinar também. Assim, a luz do flash e a do ambiente parecerão uma só. Com uma digital, você simplesmente ajusta
o balanço de branco para a luz ambiente e coloca gel colorido sobre o flash
para luz de tungstênio ou fluorescente. Você pode obter desse gel em folhas por
uns poucos dólares em lojas de produtos de iluminação de teatros.
9) Tempos de exposição para água
1/500 de velocidade de obturador pára qualquer coisa. Não
parece em nada com o que estamos acostumados a ver. É isto que você vê
normalmente em revistas de surfe, onde cada gota d’água
fica congelada no tempo.
1/30 faz com que o movimento da água fique normal, se é o efeito que você
está procurando.
1/8 dá um ótimo borrão.
1 segundo começa a ficar realmente suave, assim.
Vários segundos ou minutos fazem com que a espuma da água pareça com
uma névoa. Aqui está um exemplo.
Nestes
exemplos, as ondas ficaram batendo contra as pedras, naturalmente.
10) Truques para ótimas fotos P/B
Um filtro
amarelo (K2, #8, Y48, etc.) é REQUISITO para exteriores quando fotografar filme
P/B, ou o céu azul ficará totalmente desbotado. Veja também a página sobre
filtros. Um filtro amarelo é necessário para dar resultados em exteriores, uma
vez que o filme tem muito mais sensibilidade ao azul que nossos olhos. O filtro
amarelo faz com que a resposta do filme seja compatível com a dos nossos olhos.
Então, ele evita que o azul do céu pareça claro como as nuvens, como pareceria
sem o filtro.
Leia as dicas
sobre filme P/B, exposição, revelação e impressão no meio da minha página sobre
filmes aqui. Se você não quer passar
lá e ter ótimos resultados como explicado lá, aqui vão
algumas sugestões básicas:
1) Ajuste sua câmera para um ponto de exposição a mais que o do filme. A
maioria dos filmes dão sub-exposição e sombras carregadas, quando ajustados como manda a classificação. Em outras
palavras, ajuste a câmera em meio ponto acima do que diz a caixa, ou ajuste a
compensação para +1.
2) Se você vai dar acabamento digital, fotografe em cores normalmente
(sem filtros) e converta para P/B no computador porque a) ICE (o removedor de poeira e arranhões dos melhores scanners)
funcional em filme colorido, mas não em P/B e b) Você pode escolher a mistura
de canais de cores no Photoshop para selecionar os
efeitos de filtro sem mesmo ter usado um filtro na foto original! Antigamente,
você tinha que fotografar P/B através de um filtro; hoje em dia, filme colorido
fotografa a cor em camadas com vários filtros e você pode escolher (e mesmo
misturar) as camadas no computador depois. Antigamente, eu faria várias fotos
com filtros diferentes; hoje em dia, eu só faço uma imagem colorida, caso meu
objetivo seja P/B digital.
Ken Rockwell
Tradução: Felipe Mendes
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